Trinta e um anos após o desastre nuclear em Chernobyl, engenheiros esperam transformar a zona de exclusão radioativa em um hotspot para energia renovável.
A Bloomberg relata que a empresa de engenharia ucraniana Rodina Energy Group Ltd. e a empresa alemã de energia limpa Enerparc AG estão liderando o esforço para instalar painéis solares que abrangem mais de 1600 quilômetros dentro da zona de Chernobyl. O projeto – que terá um megawatt em dimensão – deverá ser aprovado no próximo mês.
“Pouco a pouco, queremos otimizar a zona de Chernobyl”, disse à Bloomberg o diretor executivo da Rodina, Evgeny Variagin. “Não deve ser um buraco negro no meio da Ucrânia. Nosso projeto fica a 100 metros do reator.”
Solar pode ser o único empreendimento possívem em Chernobyl
A Zona de Exclusão de Chernobyl abrange cerca de 2600 quilômetros quadrados que, literalmente, não pode ser usada para qualquer outro uso. Alguns cientistas dizem que a radiação irá poluir a região em torno de Chernobyl por cerca de 180 a 320 anos. Ou seja, não há exatamente muitas opções para negócios ou comércio.
Portanto usar a região para energia renovável poderia ser uma ótima maneira de transformar o espaço abandonado em algo bom. Afinal, a energia solar não pode ser contaminada por radiação de fundo, e há toda uma rede de energia elétrica em torno de Chernobyl que não foi usada durante as últimas três décadas. Por que não usá-la?
Embora este primeiro parque solar custe cerca de um milhão de euros (US $ 1,2 milhão), Rodina e Enerparc esperam investir 100 milhões de euros (US $ 119 milhões) para criar mais de 99 megawatts de energia solar na região. De acordo com a Bloomberg, o governo ucraniano está “oferecendo terras baratas” para atrair investidores de energia mais limpa.
Com o tempo, Chernobyl poderia produzir muita energia limpa. Quem pensaria que essa frase poderia ser uma realidade?
Fonte: Inverse
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