ESG é uma sigla muito mencionada no mundo dos negócios, principalmente das grandes multinacionais. Mas isso não está tão longe do mercado como podemos pensar.
ESG é uma sigla em inglês que pode ser traduzida como “melhores práticas ambientais, sociais e de governança”. Ou seja, é um conjunto de ações – ou até uma área específica de uma empresa – que promove o meio ambiente (como políticas de resíduos, redução do uso de insumos, eficiência energética etc.), social (como políticas de combate à discriminação, segurança, bem-estar e desenvolvimento social) e de governança (como mecanismos anticorrupção, compliance, transparência e responsabilidade corporativa).
Assim, uma sigla que antes era um diferencial no mercado, hoje é um pré-requisito. Como um selo que atesta a responsabilidade da empresa com os consumidores, colaboradores, mercado e com o nosso planeta.
É possível aplicar os conceitos de ESG em qualquer empresa?
Para responder a esta pergunta que não quer calar, chamamos a Engenheira Ambiental Giovanna Maciel da Solstício Energia.
Giovanna, escutamos muitas multinacionais falando sobre ESG. Mas é possível a aplicação destes conceitos em qualquer tipo de empresa? Você poderia dar alguns exemplos e dicas?
[Giovanna Maciel] É possível sim, e muito importante também. Estamos correndo contra o tempo para diminuir os impactos ambientais no planeta, e por isso, toda ação conta.
A primeira dica é a conscientização de todos os colaboradores, assim, as práticas começam a ser divulgadas naturalmente para clientes e para as suas próprias famílias e amigos.
Além disso, iniciativas como descarte adequado de resíduos (desde os comuns de escritório às peças, máquinas, óleos e produtos químicos), reutilização de água nos processos, diminuição de emissão de CO2 comtemplam o módulo de meio ambiente da sigla ESG. Inclusive, ter energia solar contribui para esse último ponto, pois é uma energia limpa e renovável, que evita o consumo da matriz energética brasileira.
As ações do pilar social podem ser desenvolvidas a partir de políticas, palestras e rodas de discussão sobre discriminação, inclusão social e saúde mental no trabalho. Outra ação são os processos seletivos focados em aumentar a diversidade da empresa.
Para o Pilar de governança, a palavra-chave é transparência. É assegurar que os processos da empresa obedeçam às leis e normas e mostrar isso, com transparência aos colaboradores, fornecedores e clientes. Ações como criação de canais de denúncia anônima, compliance e prestações de contas são exemplos de ações práticas.
A final de contas, por que é importante para uma empresa investir em ESG?
[Giovanna Maciel] Hoje em dia já não é mais um diferencial ter práticas ambientais e sociais em seu negócio. A empresa que investe em ESG pode comunicar e demonstrar de forma transparente aos seus clientes o seu nível de comprometimento com a responsabilidade social, respeito aos direitos humanos e questões ambientais.
Nisso a empresa tem um ganho não só financeiro devido às otimizações e economias oriundas do ganho de eficiência operacional, mas também se torna uma empresa mais estável e confiável para os clientes por conta das práticas de governança. Isso sem falar no ganho de valor de marca que a empresa adquire.
Em uma sociedade onde as empresas passam a entender as suas responsabilidades, as práticas de ESG acabam surgindo de forma natural.
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