Soluções de armazenamento de energia devem ganhar ainda mais espaço com a expansão da microgeração distribuída, prevê relatório

EXAME – O boom das energias renováveis trouxe a reboque um desafio: armazenar a energia produzida por essas fontes para garantir eletricidade de forma contínua.

Assim, os sistemas de armazenamento de energia (ESS, na sigla em inglês) emergiram como um componente valioso para as redes, e devem ganhar ainda mais espaço com a expansão da microgeração distribuída.

Segundo um novo relatório da consultoria Navigant Research, ao longo dos próximos 10 anos, o mercado global de armazenamento de energia para micro-redes deve atingir 14.85o MW de nova capacidade no acumulado, gerando aproximadamente US$ 22,3 bilhões em receita.

Associados à microgeração, sistemas de armazenamento como baterias ajudam a assegurar o fornecimento de energia elétrica, de forma autônoma em regiões remotas, que não estão ligadas à rede principal, além de garantir mais segurança energética, auxiliando, por exemplo, em casos de de desastre naturais ou fenômenos climáticos extremos.

O estudo observa que o interesse na microgeração habilitada para armazenamento de energia está sendo puxado principalmente pelo aumento dos projetos de energia solar e eólica, embora os sistemas de armazenamento também possam ser usados em redes centralizadas de larga escala para melhor gerenciamento da demanda de energia.

“Existem vários fatores-chave que resultam no crescimento de micro-redes habilitadas para armazenamento de energia a nível mundial, incluindo o desejo de melhorar a resiliência da fonte de energia, tanto para clientes individuais quanto para toda a rede, a necessidade de expandir o serviço de eletricidade confiável para novas áreas, o aumento dos preços da eletricidade e inovações em modelos de negócios e financiamento”, diz Alex Eller, analista de pesquisa da Navigant Research.

De acordo com o relatório, as empresas mais bem-sucedidas neste setor serão aquelas capazes de desbloquear o potencial de novos modelos de negócios para reduzir o risco e os custos iniciais para os clientes.

Atualmente, os altos custos de sistemas de bateria, por exemplo, ainda são impeditivos para que os operadores de usinas os utilizem em escala comercial. Porém, um relatório do Conselho Mundial de Energia estima que os custos de novas tecnologias poderiam cair até 70 por cento dentro de uma década, chegando a 50-190 euros por MWh em 2030, em comparação aos 100-700 euros por megawatt-hora de 2016.

 

Fonte: EXAME

 

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