Braskem desenvolve tecnologia para geração de energia solar em áreas alagadas


As restrições ambientais para empreendimentos de grande porte como hidrelétricas, termos à óleo e carvão, associado a necessidade de produzir energia próximo ao ponto de consumo, impactam na redução no custo da energia e levam os brasileiros a se interessar por outros tipos de energia, especialmente a geração solar.

O Brasil ainda precisa ser desafiado com a criação de soluções inovadoras para diferentes mercados e, pensando em atender clientes com este potencial, a Braskem, firmou parceria com a Ciel et Terre Brasil, joint venture da francesa Ciel & Terre com a empresa brasileira Sunlution, proprietária da tecnologia Hydrelio® de geração fotovoltaica flutuante, que apresenta diversas vantagens sobre a tecnologia tradicional de geração solar em terra.

O Hydrelio®, tecnologia desenvolvida pela Ciel & Terre, é pioneira no mercado mundial para usinas flutuantes de geração solar e é composta por painéis fotovoltaicos dispostos sobre flutuadores de polietileno de alta densidade fabricados com resinas da Braskem.

Com o objetivo de apoiar o parceiro a desenvolver o mercado nacional, a petroquímica trabalhou não só na adequação da resina de polietileno, mas também na identificação de transformadores para a produção local dos flutuadores, além de suporte na modelagem do negócio no mercado brasileiro.

“O papel da Braskem no desenvolvimento desta solução tem sido fundamental. A demanda inicial que era definir uma resina que atendesse os requisitos técnicos para os flutuadores, tornou-se uma oportunidade de negócio de elevado potencial, frente à gama de mercados em que o Hydrelio® poderá ser viabilizado e empregado”, comenta afirma Jorge Alexandre, responsável por Desenvolvimento de Mercado de PE para construção civil e infraestrutura da Braskem.

Leia também: Painéis Flutuantes, a nova cara da energia solar fotovoltaica

As placas solares sobre flutuadores podem ser aplicadas em uma gama variada de superfícies de água, tais como lagos industriais e de retenção, reservatórios de irrigação e de água potável, estações de dessalinização e de tratamento de águas, açudes e canais.

Entre os benefícios mais expressivos na utilização desta tecnologia estão a liberação de terrenos em terra firme, que seriam ocupados pelo sistema tradicional de geração solar, para usos voltados à produção rural (criação, agricultura, etc.), redução de custos de ligação à rede pela utilização de infraestruturas elétricas existentes, aumento da produtividade fotovoltaica devido à refrigeração natural do sistema pela superfície da água, manutenção mais simples e barata, entre outros.

A Ciel & Terre aposta no Hydrelio® como solução sustentável não somente para geração distribuída, mas também para a geração híbrida de energia e espera um volume de negócios expressivo até o final do ano, temos como expectativa elevar a potência de geração de energia solar fazendo duas fontes operar ao mesmo tempo em uma única infraestrutura.

O primeiro projeto implementado no Brasil com o Hydrelio® acaba de ser concluído na Fazenda Figueiredo, em Cristalina (GO), que apostou nessa nova tecnologia para resolver sua necessidade de consumo de energia.

 

A construção da usina fotovoltaica sobre um lago de acúmulo de água da chuva permitiu a geração de energia em uma área que estava em desuso, com maior eficiência em função do resfriamento da temperatura dos painéis fotovoltaicos instalados no espelho d’água, além de diminuir a evaporação da água do lago.

Estudos realizados pela empresa Ciel & Terre International apontam que este tipo de tecnologia gera aproximadamente 14% mais eletricidade do que a geração solar em terra ou no telhado.

A Ciel & Terre vem desenvolvendo centrais fotovoltaicas flutuantes para uso privado (comercial ou industrial) ou estatal desde 2010 e pretende gerar energia solar não somente em fazendas agropecuárias, como também em reservatórios de usinas hidrelétricas, e aproveitar as vantagens de infraestrutura já existentes nas instalações principalmente com foco na redução da evaporação e portanto na conservação da água, preservando os ecossistemas existentes e melhoria da qualidade da água, além de redução no desenvolvimento de algas e na erosão das margens dos reservatórios com a diminuição da ondulação.

Fonte: Ambiente e Energia

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