Superando Desafios Técnicos com Engenharia de Precisão

Condições iniciais e desafios do terreno

O projeto fotovoltaico implantado em Leme apresentou, desde o início, um conjunto de variáveis técnicas que exigiram adaptações relevantes à engenharia de execução. O solo da área, com predominância arenosa, demonstrou baixa capacidade de suporte após a etapa de terraplenagem, o que inviabilizou soluções convencionais de fundação.
Para acomodar a estrutura da usina de forma adequada, optou-se pelo uso de micropilotes, técnica que permite a cravação em solos instáveis com controle mais rigoroso da capacidade de carga e da estabilidade das estruturas de suporte. A escolha teve base em sondagens de campo e avaliações geotécnicas que indicaram a necessidade de reforço de fundação, evitando riscos de recalques ou comprometimentos estruturais futuros.

Logística e execução em condições adversas

As características do solo também impuseram desafios logísticos relevantes durante a execução. Em períodos de chuva, o terreno apresentava baixa trafegabilidade, dificultando o acesso de caminhões e maquinário à área da usina. A solução adotada foi a reprogramação de atividades críticas com base em dados climáticos, priorizando a execução de tarefas compatíveis com as condições do solo em cada etapa da obra.
Além disso, a estratégia de paralelismo de frentes de trabalho permitiu o melhor aproveitamento das equipes e a minimização de atrasos, mesmo em um contexto de obra impactado por variáveis naturais.

Integração entre engenharia, planejamento e execução

O cronograma foi mantido com consistência, e o comissionamento da usina foi concluído em um intervalo de aproximadamente dois meses desde o início das obras. Esse prazo só foi possível mediante uma atuação coordenada entre as áreas de engenharia e campo, com foco em tomadas de decisão baseadas em dados, acompanhamento contínuo e ajustes operacionais no decorrer da execução.

Solução de drenagem e proteção da infraestrutura

Outro aspecto relevante deste projeto foi o dimensionamento e a execução da drenagem superficial da área da usina. O sistema adotado incluiu a construção de uma bacia de drenagem conectada a canaletas de escoamento pluvial. A solução foi projetada com base em análises topográficas e hidrológicas do terreno, considerando os volumes esperados de precipitação e os pontos de maior suscetibilidade à concentração de água.
A drenagem eficiente reduz o risco de erosão nas fundações, minimiza a possibilidade de alagamentos em áreas técnicas e contribui para a durabilidade da infraestrutura elétrica, além de mitigar impactos ambientais relacionados ao carreamento de sedimentos para áreas vizinhas.

Conclusão

A usina fotovoltaica de 3.084 kWp implantada em Leme é um exemplo de projeto em que as decisões técnicas foram fundamentais para a superação dos desafios de campo. A escolha criteriosa de métodos de fundação, o uso estratégico de dados climáticos e o desenvolvimento de uma solução eficiente de drenagem foram pontos-chave para a entrega dentro dos prazos estabelecidos, com controle técnico em cada etapa.
A experiência acumulada em projetos com diferentes perfis de solo e demandas operacionais permite à Solstício atuar com maior previsibilidade e consistência na execução de obras fotovoltaicas de médio e grande porte.

Solstício Energia: Transformando desafios em soluções energéticas de alto impacto.